As Piores Doenças -Parte 3 |
Nesta Parte 3, abordaremos as doenças Dermatofitose, Obesidade e Cistites.
DERMATOFITOSE
A Dermatofitose ou ring worm ou simplesmente micose cutânea é causada pelo Microsporum canis e é bastante freqüente entre os gatos de pelagem longa ou semilonga. Os Persas são os mais freqüentemente acometidos. Os filhotes são os que desenvolvem lesões mais severas e disseminadas. Os principais sintomas são lesões cutâneas descamativas, que podem ser únicas ou múltiplos. A melhor maneira de prevenção é tratar todos os doentes e portadores crônicos. Atualmente existe uma vacina para prevenção e tratamento da doença, no entanto, uma avaliação a longo prazo se faz necessária para melhor definição da eficácia dessa vacina.
OBESIDADE
A obesidade entre os felinos é algo bastante freqüente e preocupante, uma vez que essa condição corporal pode predispor o gato a inúmeras doenças, dentre as quais destacam-se a Diabetes Mellitus, as doenças articulares degenerativas, a Lapidose Hepática e a seborréia. Os hábitos naturalmente sedentários da espécie aliados à ingestão de dietas ricas em carboidratos são fatores que aumentam o risco à obesidade. Para prevenção, deve-se encorajar o gato a fazer exercícios físicos e oferecer dietas menos calóricas.
CISTITES
Os felinos, diferentemente dos cães, raramente apresentam cistites causadas por bactérias. Nessa espécie, na maioria das vezes não conseguimos definir a causa da inflamação da bexiga: cistite. Portanto o tratamento desses gatos pode ser bastante frustrante tanto para o veterinário como para o proprietário. Os principais sintomas de um gato com cistite são: urinar em pequenas quantidades e repetidas vezes; presença de sangue na urina; dor à micção e alguns machos podem apresentar obstrução da uretra e, conseqüentemente, retenção de urina. A melhor maneira de prevenir outras crises de cistite nesses gatos é utilizar dietas comerciais adequadamente formuladas para prevenção ou mesmo tratamento da cistite, também conhecida como doença do trato urinário inferior dos felinos, e estimular a ingestão de água. Hoje, sabe-se que o estresse exerce um papel bastante importante na perpetuação da inflamação das bexigas desses gatos, portanto evitar estresse é mandatório na prevenção do problema.
Dr. Archivaldo Reche Junior - Mestre em Clínica Veterinária pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnica da USP - Pulo do Gato - nov/dez.07