As Piores Doenças -Parte 4 |
Existem doenças que são muito graves para a saúde dos gatos. Relacionamos neste artigo as Doenças Renais, a Micoplasmose, a Lipidose Hepática e a Diabetes Melitus.
DOENÇAS RENAIS
As Doenças Renais em gatos são bastantes freqüentes e podem invariavelmente evoluir para a disfunção dos rins. Infelizmente, na maioria dos gatos com insuficiência renal, não consegue determinar a causa da doença. Algumas raças felinas, como os Persas, podem carregar a predisposição genética para uma doença renal poliscística(PKD). Os principais sintomas de um gato com disfunção renal são: beber muita água e apresentar um volume urinário grande, perda de peso, diminuição ou mesmo ausência de apetite, vômitos e anemia. O veterinário tem capacidade para reconhecer prontamente os sintomas e definir o diagnóstico. A prevenção é bastante complicada, considerando-se que na maioria dos gatos não se determina a causa da doença renal. A exceção é a raça Persa com PKD; neste caso o animal deve ser afastado da reprodução uma vez que a PKD é hereditária. Portanto, os antiinflamatórios não esteroidais devem se usados com muita cautela em gatos e sempre com a orientação e acompanhamento veterinário.
MICOPLASMOSE
A Micoplasma haemofelis é um parasita dos glóbulos vermelhos (hemácias) de gatos. Portanto, o principal sintoma observado nos gatos infectados é a anemia, que pode ser bastante severa. Muitos gatos são parasitados, no entanto, nem todos os gatos desenvolverão anemia. A pulga pode ser um vetor desse parasita. Outras formas em que o gato adquire o Micoplasma parece ser através de brigas e mordeduras. Portanto a melhor maneira de prevenir a Micoplasmose é evitar que o gato saia à rua e brigue com outros gatos e usar freqüentemente preventivos para pulgas. Os gatos que desenvolvem a forma mais grave da doença são, usualmente, imunologicamente comprometidos. O gato doente deve, sempre , que possível, ser testado para o vírus que causam imunossupressão em gatos (FelV e FIV).
LIPIDOSE HEPÁTICA
Na Lipidose Hepática o gato apresenta uma quantidade excessiva de gordura armazenada no interior das células hepáticas, acarretando numa disfunção dessas células. A doença também é conhecida como "Doença do fígado gordo". Os principais candidatos a desenvolver a Lipidose são os gatos obesos que deixam de se alimentar por períodos superiores a 7 dias. No entanto, felizmente não é todo o gato obeso que deixa de se alimentar que desenvolverá Lipidose. Os principais sintomas são: ausência de apetite, icterícia (pele e mucosas amareladas), vômito, salivação e perda de peso. A melhor estratégia para prevenir a doença seria evitar a obesidade do gato, estimulando exercícios e oferecendo dietas restritas em calorias. Outra medida importante é sempre que for realizada uma mudança de dieta, o proprietário deve certificar-se de que o gato está comendo a nova dieta, uma vez que os gatos são extremamente seletivos na escolha da alimentação. Portanto, o fato de uma dieta não-palatável poderá levar a sua não-ingestão pelo gato e, caso essa condição perdure por mais de 7 dias, o gato estará em risco de desenvolver Lipidose.
DIABETES MELITUS
O gato contemporâneo é altamente predisposto a desenvolver Diabetes. Os principais fatores que o predispõe a essa doença endócrina são o sedentarismo _comum na espécie -, a obesidade e receber dietas ricas em carboidratos. O gato diabético deverá apresentar como sintomas: ingestão de água acima da normalidade, aumento na freqüência e volume urinário, perda de peso e aumento do apetite. Outro fatos que pode aumentar o risco de Diabetes em gatos é o uso de antialérgicos ou antiinflamatórios à base de cortisona, principalmente quando usado em gatos obesos, machos e com mais de 7 anos. Para a prevenção da Diabetes, deve-se estimular a prática de exercícios pelo gato, além da perda de peso e oferecer dietas com teores baixos de carboidratos e ricas em proteínas.
Dr. Archivaldo Reche Junior - Mestre em Clínica Veterinária pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnica da USP - Pulo do Gato - jan/fev.08